terça-feira, 13 de setembro de 2011

Metamorfose Ambulante

Por Fabiano Youssef
As vezes somos metamorfos























Sai da ZL para ver o jogo do Corinthians x Bahia , peguei o trem e fui bem antes do jogo para não ter confusão, pois no Morumbi teria São Paulo x Palmeiras. Chegando no Pacaembu encontrei 3 amigos Bahianos, fui tomar umas com eles, como de praxe vou de camisa branca nos jogos mas..., as múmias estavam com a camisa tricolor Bahiano.


Pronto ai ferrou, passou um ônibus do timão xingando os Bahianos, eu como bom amigo me transformei em Bahiano. “ Baheaaaaaaa,Baheaaaaaa..” . Sorte que os caras estavam tranqüilos, depois disso sai correndo para o Jogo, o resultado não foi importante. Quando fui voltar para ZL entrei em um vagão do Metro que só tinha palmeirense, comecei a gritar “ porco,porco,” , após minutos de sofrimento desci na Luz, com destino a ZL ai qual foi minha surpresa entrei em um vagão de Sãopaulinos, e ai da-lhe eu “ São Paulo, São Paulo..” Ou seja em um dia torci para 4 times, 2 por puro medo , 1 por solieradiedade e 1 por paixão . Seria bom a gente sair com a camisa do seu time e torcer da maneira que quiser.






domingo, 11 de setembro de 2011

1982 em preto e branco

Por Ed Limas

Aos seis anos de idade eu achava que o uniforme da seleção brasileira era bege, nossa tv mandava suas imagens em preto e branco, naquela manhã de 05 de julho de 1982 descobri qual a verdadeira cor de um canarinho. Fomos assistir a fantástica seleção brasileira de 82 na casa do meu Tio Vanja, ele trabalhava na Telesp e possuia este enorme luxo chamado tv a cores.
Mesmo jovem ao extremo, eu era o orgulho da familia, sabia o nome dos principais jogadores da copa, o craque francês Platini, o camaronês Milla, o astro britânico Kevin Keegan, a genial dupla argentina Ramón Diaz e Maradona, o alemão socialista e bom de bola Breitner, etc...
Eu era uma atração na rua, a enciclopédia mirim.
Em 1982 descobri a beleza do futebol bem jogado, torci loucamente pelo escrete canarinho. Meu jogador predileto era o ponta Éder Aleixo, nas peladas na rua me arrogava no direito de me transformar no craque do galo por alguns momentos, não queria que minha mãe me levasse ao barbeiro ( naquele época homem só frequentava barbeiro, não tinha essa de cabelereiro ), pois meu cabelo era grande como o de Éder. Mas seleção de 82 tinha outras atrações, seja o gênial Falcão, seja o capitão e rei do calcanhar Sócrates, ou até mesmo goleiro calvo precocemente Waldir Perez. O brasil jogava com arte e através da minha tv válvulada e desprovida de cores, acompanhei o escrete destruir seus adversários com categoria e arte elevada às alturas.
União Soviética ( naquela época o muro de berlim estava firme e forte ), Escócia, Nova Zelândia e Argentina foram triturados... Faltava a Itália.
Naquele dia fomos à casa do meu tio, quebrei uma regra, deveria ter visto o jogo em casa, afinal em time que esta ganhando não se mexe. Que diferença faz ver a arte em preto em branco ou em cores? ( es uma questão filosófica e cinematográfica ).
Brasil e Itália foi talvez o jogo mais espetacular que uma copa proporcionou ao mundo. A Itália até em então vinha aos trancos e barrancos, porém a azurra jogou como nunca, não possuiam a arte brasileira, mas um certo Paolo Rossi tal qual a ave mitologica fenix, ressurgiu das cinzas, de um jogador corrupto e afastado dos gramados por conta de um escândalo, transformou-se em herói nacional. Já o Brasil desfilou a poesia de sempre, bastava um empate, mas como disse o poeta, a loucura é razão abstrata.
Time de Telê não se curva à obviedade do medo de levar gol, sempre busca a vitória, e o calcanhar do Doutor, a fúria de Zico e vontade de Cerezzo eram estavam lá.
A história todos conhecem, todos sabem que o gol de Falcão e suas veias saltando na comemoração mais rock n roll de todos os tempos nos emocionam até hoje, sabemos que o arqueiro Zoff da azurra escondeu de todos a bola que em uma cabeçada fulminante do zagueirão Oscar insistiu em não ultrapassar a linha do gol, todos sabemos que o samba de Júnior é mais "cool" que a tarantela de Bruno Conti.
Mas uma das maiores seleções que o mundo já viu, a exemplo de Holanda 74 e Hungria 54, foi eliminada...
Eu não chorei... Hoje lembro com carinho daquela época, as lágrimas ficaram contidas.
Deveria ter chorado por fora, pois o choro interno fica se transforma em um lago melancólico.













Poesia em preto e branco, como um filme



de Chaplin


















sábado, 10 de setembro de 2011

O elevador que canta

Por Ed Limas

Visitar o Museu da Língua Portuguesa é como desbravar um universo onde as palavras são estrelas.
Os jovens olhavam impressionados a beleza do lugar, acostumados a olharem o sol com um enorme muro a frente, agora nossos internos percorrem os corredores escuros do Museu onde Guimarães Rosa, Gregório de Matos e afins deixaram suas marcas na parde.
Foi nossa primeira saída, equipe de segurança e educadores atentos aos adolescentes e os adolescentes viajando na beleza da última flor do Lácio.
Dentro do elevador uma voz ecoa grave, Arnaldo Antunes cantando poemas, um jovem impressionado, outros olhando a bela jovem com uniforme de escola particular.
Impressionado com o elevador que canta, o jovem mais intrigado com a voz de Arnaldo Antunes declara; " Nunca andei em elevador, ainda mais esses que cantam". A bela jovem sorriu!
Até hoje falam da "saidinha", falam do Museu e as palavras, mas são unânimes em afirmarem:" Nada é mais belo que o sorriso da menina no elevador" .



Texto encontrado no "Causos do Eca e normativas outras" da Fundação Casa"

27



por Ed Limas




Robert Johnson, um dos "caras" do blues, inaugurou uma das maiores sinas da música com sua morte em 1938. Lenda maior do blues, o gênio que criou "Crossroads" teria feito um pacto com o Diabo para ser o maior de todos os bluesmen do delta do Mississipi. O preço do sucesso? Uma vida breve, cheia de aventuras. E sua alma. Tinha 27.

Para muitas pessoas, Brian Jones foi a alma dos Rolling Stones nos primórdios desta banda. De fato, o guitarrista e compositor era o músico mais talentoso da banda - pelo menos até fritar seu cérebro com quilos de ácido lisérgico. Jones deixou os Stones em 9 de junho de 1969. Foi achado no fundo da piscina de sua casa menos de um mês depois, em 3 de julho. Tinha 27.

Jimi Hendrix é um dos maiores guitarristas de todos os tempos. Depois de levar o instrumento a dimensões inimagináveis e obras como "Purple Haze" e "Voodoo Chile" - para ficarmos em apenas dois exemplos -, Jimi sucumbiu a seus vícios e morreu afogado em seu próprio vômito em setembro de 70. Tinha 27.

Janis Joplin entrou para a história do rock graças a sua voz rascante e seu comportamento autodestrutivo. Símbolo do flower power, a cantora afundou no álcool e heroína com velocidade impressionante. Janis morreu em outubro de 70, após sofrer uma overdose. Três dias antes gravou a genial "Mercedez Benz". Tinha 27.

Há quem diga que Kurt Cobain foi o último gênio do rock. O líder do Nirvana marcou os anos 90 ao colocar o som indie no topo com uma mistura explosiva do senso melódico beatle e a energia crua do punk. Basta ouvirem "Come as you are"!
Suas letras depressivas e seu longo relacionamento com a heroína apontavam um destino sombrio... Kurt suicidou-se em abril de 94. Tinha 27 anos.

Amy tinha 27!!!